Eu finalmente decidi encarar o meu. Acendi as luzes, abri as janelas e deixei o vento entrar, soprar... E levar tudo que fosse pesado e desnecessário. Deixei que ele trocasse a atmosfera, renovasse a energia. Joguei fora o que já não me servia, o que era inútil, o que era passado. Recolhi as coisas importantes que estavam pelo chão e pendurei em um mural bem à vista. Usei marca texto daqueles bem fortes, que gritam para chamar sua atenção distraída.
E isso foi bom, faz um bem danado conseguir respirar fundo dentro de si mesmo, deixar os ombros caírem sem jeito depois de tanto tempo sobrecarregados com pesos insanos, abrir espaço para o novo e para o belo. Mas confesso, algumas coisas eu simplesmente coloquei na gaveta. Tirei do meu acesso, guardei pra depois. Não por preguiça, simplesmente porque não poderia lidar agora. Essas coisas ainda estão lá, na sombra de uma gaveta fechada esperando o dia em que finalmente estarei pronta para abri-lá e e dar um destino a elas.
De vez em quando meus dedos coçam para tentar colocar em ordem essa pequena bagunça. Mas uma das coisas que aprendi na vida é que tentar fazer algo certo na hora errada pode estragar tudo.
Por Cristina Custodio
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