Uma dose para três - Cap IX



Levanto da cama e resolvo me alimentar, afinal, saco vazio não para em pé. Vou até a cozinha faço um chocolate quente e um sanduíche. Sento no sofá da sala e assisto "Dexter", um de meus seriados favoritos. As horas vão passando vagarosamente, mas eu não estou nem um pouco preocupada, não quero que o dia seguinte chegue, não quero encontrar com Jonathan... eu não sei como me comportar, falar, ou agir perto dele, mas sinto a sua falta, seu cheiro, seu sorriso, tudo, mas eu não posso me apaixonar por ele, se é que já não estou apaixonada. Droga!

Pego no sono e quando percebo já é noite, levanto do sofá e olho pela janela, a escuridão toma minha vizinhança, a lua está cheia, a há estrelas no céu. "Como eu queria estar com ele agora" penso, mas não posso nem pensar nisso agora, ainda mais com Derik em jogo, por mais que ele tenha sido um ridículo no telefone eu não posso ignorar seus sentimentos. 

Tomo um banho demorado, lavo meus cabelos e volto para meu quarto, por mais que eu tenha dormido a tarde inteira, meu corpo pede cama ao lembrar que irei enfrentar o senhor bonito amanhã.
Seco meus cabelos com o secador, depois deito em minha cama, pego meu iPhone, checo meus e-mails, programo meu despertador e vou dormir. 

Noutro dia, acordo, faço minha rotina normalmente, finalizo alguns de meus trabalhos da faculdade e torço para que o dia se arraste, mas por mais que meu corpo não queira ir para a faculdade a hora chega.

Coloco um jeans e uma regata, por cima um blusão da GAP turquesa, e nos pés um par de vans azul marinho, não passo maquiagem ou sequer arrumo o cabelo; prendo ele num coque -não estou com a mínima vontade de ir para a faculdade hoje-. Pego meus materiais e faço a minha jornada diária. Rua. Metrô. Rua. Faculdade. Tento entrar sem ser percebida, tanto por Jonathan, quanto por Derik, mas para variar minha tentativa foi em vão. Assim que entro no campus avisto Jonathan com seu grupo de amigos, imponente e bonito, como sempre se destaca dos outros. Ele vem em minha direção para me cumprimentar.

- Oi Julia, tudo bem? - Ele me dá um beijo no rosto.
- Sim, claro. - Eu coro.
- Fica faltando ás aulas, que coisa feia menina! - Ele ri.
- Como lhe disse no telefone, eu não estava muito bem.
- Eu sei, sem problemas. Olha, eu preciso conversar com você, pode ser depois do término das aulas? - Seu olhar brilha.
- Claro. - O que ele está querendo, ah não!
- Ok, boa aula linda.

Penso comigo mesma: - "Oh não, o que esse pilantra vai querer comigo? Devo ficar nervosa? Devo fugir? Acho melhor ir para casa mais cedo, se eu sair na penúltima aula ainda consigo escapar...." E no meio deste furacão de pensamentos sinto uma mão me tocar, quando olho para trás vejo Derik. Não tinha como meu dia piorar. 

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